Por:digitalpixel
Notícias
set 2012
No verão ou no inverno, ela acorda, limpa a pele e o toque final é sempre o filtro solar, produto que tem lugar garantido na bolsa. E quando a exposição solar é mais intensa, os óculos de sol e o chapéu completam a proteção. Entretanto, a rotina da auxiliar administrativo Graciely Krokowez Santos faz parte de uma minoria.
Segundo dados colhidos pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) durante a Campanha Nacional de Prevenção Contra o Câncer de Pele 2011, 63,33% dos bauruenses não se protegem contra os raios solares. A campanha foi feita no Instituto Lauro de Souza Lima com 469 pessoas e aponta, também, que 30,06% usam algum tipo de fotoproteção, enquanto 6,61% dos atendidos pela campanha disseram nunca se expor ao sol.
Os números são semelhantes aos da média nacional, onde 61,76% se expõem ao sol sem nenhuma proteção. Somente 32,27% dos brasileiros se expõem com proteção e 5,98% afirmam não se expor.
E é nessa época do ano, com o friozinho e os dias mais cinzentos, que o descuido com a pele fica ainda maior. Entretanto, o inverno, que teve início no último dia 20 e segue até 22 de setembro, não é “uma trégua do sol”. A exposição solar, em qualquer época do ano, requer cuidados com a fotoproteção. O alerta é do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
As estimativas revelam que o câncer da pele do tipo não melanoma (melanoma é o mais agressivo) será o mais incidente na população brasileira. Acredita-se que surgirão cerca de 134 mil novos casos.
Diante dos números, é importante reforçar os alertas de prevenção contra esse que é o tipo de câncer de maior incidência no Brasil.
Dose dupla
A exposição solar demasiada e sem proteção pode causar danos à pele devido à radiação (UVA e UVB) e aos raios infravermelhos; ambos fazem parte das ondas que compõem à luz solar.
“Eles agridem as células. O UVA penetra mais que o UVB, portanto, causa mais fotoenvelhecimento, enquanto o UVB causa mais alterações na superfície cutânea, como manchas escuras, por exemplo. Ele também é o mais cancerígeno”, aponta o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia no Rio de Janeiro, David Azulay.
Não quer dizer
Vale sempre lembrar: especialistas apontam que o tipo de pele é outro fator determinante para o surgimento do câncer de pele. Contudo, isso não quer dizer que somente as pessoas de pele e olhos claros estão sujeitas ao aparecimento de tumores.
Indivíduos de pele morena ou negra que sofrem prolongada e contínua exposição solar também podem desenvolver a doença, mas por terem mais melanina na pele, estão mais protegidos.
JC Net – Ana Paula Pessoto